A Ilha do Infected Sky Ep.18

O sol ainda brilhava no céu quando tudo deu errado.

O avião caiu sem qualquer aviso. Entre ferragens, fumaça e o cheiro de combustível, Loki e Micka despertaram em meio aos destroços, jogados em uma ilha desconhecida. O dia estava claro, mas o silêncio era pesado.

— Tá inteiro? — perguntou Loki, ajudando Micka a se levantar.

— Mais ou menos… mas o que foi isso? Aquilo não foi acidente.

Sem entender como sobreviveram, seguiram por uma trilha improvisada até o topo de uma colina. Lá, encontraram uma antena de rádio antiga, conectada a um painel solar. Conseguiram ativá-la, mas toda tentativa de enviar sinal de socorro resultava em estática — ou em ruídos estranhos, distorcidos, como se algo estivesse bloqueando a comunicação.

— Isso tá começando a ficar bizarro — comentou Micka.

Explorando mais a floresta, os dois se depararam com algo inacreditável: um navio de madeira enorme, encalhado em terra firme, cercado por árvores, como se tivesse surgido de um sonho ou pesadelo.

Foi então que ouviram o rugido.

De repente, uma criatura gigantesca surgiu voando baixo: cabeça de avião, olhos brilhantes e um corpo avermelhado, vivo, feito de carne, metal e caos. Infected Sky era seu nome — embora eles só descobrissem isso mais tarde, rabiscado em documentos queimados entre os destroços do navio.

A criatura avançou com violência, rasgando o chão e arremessando árvores como gravetos. Loki e Micka lutaram como puderam, se escondendo, armando pequenas armadilhas, usando tudo que tinham à disposição.

Foi então que Loki encontrou algo entre os destroços do avião: um lança-mísseis militar de emergência, ainda funcional.

— Micka, me cobre. Isso aqui vai ter que ser o bastante.

Enquanto Micka distraía a criatura com gritos e fogos improvisados, Loki subiu em uma estrutura do navio, mirou com cuidado e esperou a criatura se aproximar.

FOOM!
O míssil disparou direto no peito da criatura.

Infected Sky rugiu alto, tentando se manter de pé… mas suas asas começaram a falhar. Partes metálicas caíram em chamas. Com um último grito cortante, o monstro desabou entre as árvores, fazendo o chão tremer.

O céu ainda estava claro quando tudo acabou.

Ofegantes, feridos e cobertos de poeira, Loki e Micka observaram os restos da criatura queimando lentamente. Nos destroços do navio, a antena voltou a emitir sinal.

Dessa vez, uma voz respondeu.

— Recebemos sua localização. Um resgate está a caminho.

Loki sorriu.

— Parece que vencemos…